4 de jan. de 2015

Você conhece o ingresso que está comprando?

Olá pessoal. Em função de alguns posts que tenho lido no facebook, resolvi escrever esse texto para o blog. Bom, muitos tem se indignado por vários motivos dentre os quais podemos citar: a) a grande variedade de linhagens do american bully; b) valores dos filhotes; c) garantias ao comprador no pós venda do filhote. 
Vou começar comentando um pouco sobre a polêmica das vertentes que surgiram e que tem surgido no mundo american bully (AB). Desde quando conheci os ABs, de 2006/2007 para cá, ocorreram muitas alterações nos fenótipos (aparência do animal). Em se tratando dos Razor`s Edge (RE) old school (mais antigos), mantinham um tipo até certa forma homogêneo. Eram cães com estrutura mais correta, muito semelhante aos american staffordshires terriers (AST) mais parrudos. Logo em seguida surgiu uma vertente da RE chamada Remyline, que tinha como objetivo gerar cães mais corpulentos, porém mantendo a aparência do american pit bull terrier (APBT) ou do AST. Eram até chamados de american pit bully sendo que alguns desses exemplares não eram tão sociáveis. Ao cruzarem cães da RE com os Gottiline (Gotti), surgiram também diversos fenótipos. Já a Gottiline old school tinha como característica cães grandes/pesados que serviram como base para os Mikelands, cães mais abuldogados e extremados. A partir daí foram surgindo diversas linhas de sangue como Calikingpin, Kuruptblood, Cutthroat, Sactown, NewTroijan, MonsterG dentre outras até chegar na Daxline e Miagiline, "divisores de águas" do mundo bully. Uma surgiu a partir de um cão Gottyline chamado Dax, que tem como característica gerar cães compactos, baixos, muito musculosos e com uma cabeça mais abuldogada. Já a outra partiu do desejo de se produzir cães ainda mais baixos, o que acabou gerando uma criatura exótica chamada Mr Miagi. Daí então surgiu uma tendência cada vez maior em se produzir animais pequenos e ao mesmo tempo extremados, o que deu início ao movimento dos Exotic Bullies: cães pequenos, baixos, largos, musculosos e com uma cabeça bastante peculiar. Essa aparência esquisita acabou gerando rumores de que muitos dos exotics bullies foram gerados com a inserção de bulldogs em suas árvores genealógicas. Eu mesmo fui um dos que não via com bons olhos o fenótipo do Mr Miagi por desvirtuar muito do que era preconizado para o conceito tradicional do american bully. Apesar de eu não ser fã do fenótipo dos exotics, já vi cães oriundos de cruzamentos entre exotic e tradicional que me agradaram. Na minha opinião deve se buscar um meio termo ao ponto de se obter um indivíduo com morfolgia funcional a fim de não comprometer ou de comprometer o mínimo sua qualidade de vida. Muitos ao lerem esse texto carregam consigo a dúvida cruel da diferença entre o Exotic e o não exotic rs. Tem pessoas que não conseguem perceber a diferença fenotípica e genotípica deles. Isso infelizmente fica mais fácil para quem acompanha e conhece a história dos ABs há algum tempo. Os que chegaram agora são os que mais se indignam. Ficam perdidos! 
Visto isso vamos abordar a questão dos preços. Muitas pessoas escrevem ponderando sobre os altos valores que alguns criadores cobram. Bem, na verdade isso é uma questão de mercado; oferta e procura. Além disso, existem casos que deve-se levar em conta não só o processo de se importar padreadores/matrizes, que é estressante, mas também os altos custos. O que ocorre é que tem gente querendo adquirir um AB sem saber nada sobre a raça, muito menos a linhagem e o tipo que realmente deseja. Aí começa a escrever e argumentar abobrinha. Se você se enquadra nesse perfil, sugiro que se informe para poder definir o que quer e aí sim ir atrás. 
Por último vou escrever alguma coisa sobre as garantias dos filhotes de AB vendidos por aí a fora. Eu venho da criação do Rottweiler, onde os clubes especializados tentam seguir o modelo alemão de criação. No meio dos criadores brasilieiros sérios de rott a preocupação é de se produzir cães corretos, sem displasia do cotovelo/coxofemural e com um temperamento equilibrado para o trabalho. Para isso faz-se uma seleção genotípica/fenotípica do padreador e matriz, bem como realizam-se raios-x dos cotovelos e quadril. Existem também outras doenças hereditárias que são muito complicadas de se controlar. Porque citei esse exemplo do rottweiler? Justamente para comparar e expor minha experiência com a crição de AB. No mundo do AB seria viável fazer o mesmo controle dos rotts, desde que o criador formasse um plantel com linhagem mais homogênea possível. Infelizmente não é a realidade atual. A heterogeneidade constante dentro dos ABs é tão grande, que o caminho para a seleção seria muitíssimo longo. Portanto, se você procura e deseja um cão correto, o AB não é o mais indicado. Sendo assim, o criador de AB fica limitado quanto algumas garantias. 
American Staffordshires da linhagem GAFF
Blue MAXX / Inna Rage / Throwing Knuckles
BLUE OF RUCKUS

THROWIN KNUCKLES
CAIRO

SHORT SHOT

BUCK SHOT

 CAIRO

SAGE OF RUCKUS

REMY MARTIN
JUAN GOTTI

JUAN GOTTI
W.S MONSTER